Trabalhadores paralisaram as atividades no dia 15 de março depois de serem proibidos de fazer entrega das cartas com bicicletas.
Os carteiros de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, retomaram as atividades no Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) dos Correios nesta segunda-feira (11), após quase um mês de greve. Os trabalhadores paralisaram as atividades no dia 15 de março depois de serem proibidos de fazer entrega das cartas com bicicletas.
O Sindicato dos trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT) disse que o objetivo maior da categoria era denunciar as irregularidades no local. A instituição informou que foi formalizada uma denúncia na Polícia Federal com pedido de investigação.
O movimento grevista começou depois que a empresa retirou sete carteiros da entrega de cartas da rua. Segundo o sindicato, a interrupção do serviço com bicicleta faz parte do chamado projeto de padronização do processo produtivo, que traz sob o discurso de “revitalização” e cortes orçamentários.
Trabalhadores entraram em greve no dia 15 de março — Foto: Sintect-MT
Ao todo, 23 carteiros aderiram à greve na unidade, sendo os sete da bicicleta impedidos de sair para fazer a entrega, 13 motoqueiros que afirmam ter ficado sobrecarregados com as entregas e outros três internos.
No primeiro dia da greve, foi lançada uma carta aberta à população de Várzea Grande para alertar que a carta, encomenda, Sedex e outros documentos estavam amontoados no Centro de Distribuição por causa da restrição de entrega da empresa.
Na semana passada, os trabalhadores ocuparam a unidade de Várzea Grande e passaram a entregar as encomendas no local.
Correspondências estão acumuladas em Várzea Grande (MT) — Foto: Alexandre Aragão
O sindicato informou que os trabalhadores comunicaram a superintendência regional dos Correios que, apesar do retorno às atividades, eles permanecem em estado de greve e mantém a assembleia geral permanente. Em estado de greve permanente, o grupo continua o processo de negociações com a instituição, podendo paralisar os trabalhos novamente.
No comunicado à empresa, os carteiros alertam também que não “aceitarão retaliação e/ou qualquer tipo de perseguição, através de abertura de processos administrativos com desvio de finalidade, não aceitarão continuidade de assédio moral e sexual cometidos pelo gestor do CDD Várzea Grande”.
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