A menor está internada há mais de um ano após ter atirado na melhor amiga.
A adolescente que matou Isabele Ramos, em julho de 2020, terá acompanhamento psicológico durante a sua internação no Lar Menina Moça, no Complexo Pomeri, em Cuiabá.
A defesa da adolescente B.D.O.C. pediu à Justiça para que ela recebesse atendimento psicológico pago pela família, sem nenhum custo para o Estado. O pedido foi julgado pela Terceira Câmara Criminal.
“Não há prejuízo em que se prossiga com o tratamento pleiteado, desde que respeitadas as normas administrativas estabelecidas pela direção da undiade de internação e as metas do plano individualizado de atendimento, especialmente da fase de transição da equipe multidisciplinar responsável pelo atendimento”, diz trecho da decisão.
Segundo a defesa da menor, patrocinada pelo advogado Arthur Osti, o pedido para custear o atendimento psicológico “foi feito justamente pelo fato da unidade de internação não possuir equipe técnica que assegure esse acompanhamento”.
O pedido foi negado em primeira instância, mas acabou sendo deferido pelos desembargadores da segunda instância.
O caso
Isabele Ramos tinha 14 anos quando foi morta com um tiro no rosto, em 12 de julho de 2020. A autora do disparo foi a melhor amiga, que na época também tinha 14 anos. Desde o começo do caso a defesa da adolescente alegou que o disparo foi acidental, porém, essa versão foi desmentida pela perícia.
A adolescente, que praticava tiro esportivo, foi condenada a 3 anos de internação, com revisão a cada 6 meses. Nas duas últimas avaliações a equipe do Pomeri recomendou a soltura, o que não foi acatado pelo Judiciário.
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