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Chefe do MP diz que viu decisão do STJ com “naturalidade”, mas promotores estudam recurso

Chefe do MP diz que viu decisão do STJ com “naturalidade”, mas promotores estudam recurso

Deosdete evitou polemizar as alegações da defesa de Emanuel, que acusou o MP de fazer uma "manobra"" e garantiu que o órgão ministerial atuou conforme seu dever de ofício

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O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdeste Cruz Júnior, afirmou que o Ministério Público do Estado recebeu com naturalidade a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reverteu o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo Deosdete, agora o promotor responsável pelo caso, Carlos Zarour, analisa se entrará com recurso. Emanuel tinha sido afastado na segunda-feira (4) por decisão do desembargador Luiz Ferreira sob a acusação de liderar uma organização criminosa voltada à ‘sangria’ dos cofres da Saúde da Capital. 

A defesa do prefeito, por outro lado, acusou o Ministério Público de fazer uma ‘manobra’ para driblar o habeas corpus concedido pelo STJ no âmbito da Operação Capistrum que delegou à Justiça Federal a competência para processar os supostos crimes de Emanuel relacionados a Pasta da Saúde. Deosdete evitou polemizar as alegações, mas garantiu que o órgão ministerial atuou conforme seu dever de ofício, sem pessoalidades.

“Eu não vi a fala do prefeito nesse sentido. Quero acreditar que ele não disse isso, mas se o disse, com certeza foi em razão de uma posição defensiva por ter sido alvo de uma medida adotada pelo Ministério Público no seu dever de ofício, nada pessoal”, destacou. 

Segundo a explicação do PGJ, Carlos Zarour não analisa só o cambiemnto de um eventual recurso, mas se é prudente questionar a decisão do ministro Ribeiro Dantas, relator do assunto no STJ. Conforme Deosdete, Zarour fará tudo que por ‘processualmente possível e adequado’. 

Com relação à Saúde e a possibilidade de uma nova intervenção na Pasta, o procurador não descartou a possibilidade, mas defendeu que, por se tratar de medida drástica, o Ministério Público tem adotado uma postura tolerante com a dificuldade da prefeitura em cumprir todos as cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo gabinete de intervenção e pelo Ministério Público.

“Quando nós dissemos lá atrás que o descumprimento do TAC pode ensejar uma nova intervenção é porque essa é uma medida automática. Se descumpre o TAC, o Ministério Público precisa pedir uma nova intervenção. Mas uma nova intervenção é uma medida muito drástica a qual o Ministério Público espera não ter que adotar novamente”, finalizou. 

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