HomeNotícias

Leishmaniose merece atenção e também afeta pets da cidade grande

Leishmaniose merece atenção e também afeta pets da cidade grande

A morte em janeiro de Apollo, um cachorro de 12 anos, por leishmaniose na cidade de São Paulo acendeu alerta para os tutores de animais que moram em zonas urbanas.

Secretaria de Apoio Legislativo faz balanço e mostra boa produção
Vereadora convida morador do bairro Pedra 90 para participar da tribuna livre
Comércio e bancos estarão fechados; mantidos só essenciais

A doença, que embora tenha ficado conhecida por afetar apenas cães restritos à zona rural, mostra que os cuidados com os pets devem ser realizados em qualquer localidade, independentemente de onde vivem. De acordo com Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal, é preciso apostar em medidas preventivas como o uso de coleiras antiparasitárias, que é um dos principais métodos para prevenção da doença.

Leishmaniose visceral: a segunda doença parasitária que mais mata pessoas no mundo

A leishmaniose visceral é uma zoonose, causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido para animais e humanos principalmente através da picada de um flebótomo, que é um mosquito pequeno de hábito crepuscular e noturno.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a doença possui ampla distribuição mundial, sendo que 90% dos casos estão concentrados em 5 países, estando o Brasil entre eles.

Prevenção é a melhor opção

O veterinário reforça que é muito importante que os tutores sejam informados sobre a importância da prevenção, de acordo, inclusive, com as diretrizes de organizações importantes, como a Brasileish.   “O método primário de prevenção da infecção por Leishmania infantum em cães é por meio do uso de inseticidas tópicos com propriedade repelente, como os produtos à base de piretróides sintéticos. Esse deve ser o principal cuidado do tutor com o pet”, explica.   Ainda, o médico-veterinário alerta para a utilização de coleiras antiparasitárias a base de deltametrina 4%, que é indicada para proteger os pets contra os vetores da leishmaniose. Inclusive, cães a partir de 3 meses de idade já podem utilizar o produto e a recomendação é que sua troca seja feita a cada 4 meses.

Estudos comprovam a eficácia das coleiras 

Estudos de larga escala têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e controle da leishmaniose visceral canina como medida de saúde pública no Brasil. No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária. Isso porque o tutor precisa entender se o produto que está utilizando tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada.

Limpeza, aliada com a coleira, também ajuda na prevenção 

Além disso, outras medidas preventivas são essenciais, como a limpeza da casa, que deve estar livre de matéria orgânica, pois é onde o mosquito transmissor se prolifera; utilização de telas de proteção, principalmente no local em que o pet mais fica; evitar passear com o cão ao entardecer e à noite, quando o mosquito transmissor é mais ativo, e seguir sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que vai fornecer todas as informações e cuidados que o tutor precisa para preservar a saúde do cão e de toda a família.

Como identificar 

A leishmaniose visceral pode ocasionar diversas manifestações clínicas que podem ser confundidas com outras doenças, como: febre, aumento dos linfonodos, baço e fígado, anemia, emagrecimento, alterações dermatológicas, perda de sangue pelo nariz, dentre outros. “Ao notar qualquer alteração em seu pet é importante levá-lo ao veterinário para que ele possa fazer o diagnóstico correto e orientar em relação aos cuidados’, direciona Márcio.

A doença tem tratamento, mas não tem cura! 

Atualmente, existe tratamento para a doença, embora não promova a cura parasitológica, essa medida pode amenizar as manifestações clínicas do paciente, possibilitando a ele viver com mais qualidade de vida, reduzindo também as chances de transmissão da enfermidade para outros animais e humanos.   Por isso, de acordo o veterinário, é muito importante alertarmos que a prevenção será sempre a melhor opção, uma vez que o tratamento não é curativo. “Prevenindo, evitamos que o animal passe por situações tristes e delicadas, como é o caso do Apollo, além de outros desgastes emocionais e custos financeiros”, finaliza.

COMMENTS

WORDPRESS: 0
DISQUS: