Deputados também querem esclarecimentos quanto ao desmonte de escolas rurais e a falta de atendimento a alunos autistas e com deficiência nas escolas estaduais.
O secretário estadual de Educação, Alan Porto, foi convocado nesta quinta-feira (24) para prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) sobre problemas na atribuição dos professores que participaram do processo seletivo para atuarem nas escolas do estado neste ano.
A convocação foi feita por meio de requerimento do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e aprovada na ALMT.
“Há um colapso na atribuição dos aprovados desde o dia 26 de janeiro até agora. A atribuição online gerou inúmeros problemas, como os profissionais que não receberam e-mail com o link de convocação, outros que só receberam a noite, reuniões feitas fora do horário combinado, professores sem acesso a reunião”, pontuou.
Os deputados também querem esclarecimentos quanto ao desmonte de escolas rurais e a falta de atendimento a alunos autistas e com deficiência nas escolas estaduais.
Problemas na atribuição dos professores
Na manhã desta quinta-feira, após a chegada do secretário em plenário, Lúdio o questionou sobre as falhas e a demora na atribuição dos profissionais interinos.
O deputado pontuou que há escolas que estão dispensando turmas inteiras por falta professores ao mesmo tempo em que há inúmeros profissionais aprovados no processo seletivo aguardando serem chamados.
Desde o lançamento do edital, Lúdio tem apontado os erros e ilegalidades do processo seletivo.
Ele apresentou projeto de decreto legislativo e fez representações no Ministério Público Estadual para anular o seletivo, além de requerimento para obter documentos, gravações e informações dos procedimentos.
Alunos autistas e com deficiência
Outro ponto a ser esclarecido pelo secretário na ALMT é a falta de profissionais para atender os estudantes autistas e com deficiência nas escolas.
Segundo Lúdio, estudantes com deficiência precisam de professores para as salas de recursos multifuncionais, intérpretes de libras, auxiliares de desenvolvimento, e a Seduc não está oferecendo esse atendimento.
“O governo estadual está contratando número insuficiente de profissionais e oferecendo menos de um salário mínimo para vagas que antes costumavam ser ocupadas por pedagogos. Então muitos alunos com deficiência estão sem ir à escola por falta desse acompanhamento”, disse.
COMMENTS